Com foco na capacitação dos servidores da Prefeitura de Curitiba para lidar com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), projeto de lei que cria o Programa Servidor Amigo do Autista (PSSA) avançou mais uma etapa na tramitação na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Nesta quarta-feira (29), após a sessão plenária, a iniciativa recebeu o parecer favorável da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização. 

A ideia do curso é fazer com que os funcionários públicos sejam capazes de identificar, interagir e, quando solicitado apoio, atender demandas que envolvam a pessoa com TEA, garantindo a inclusão social e a promoção dos direitos do público-alvo. Fica estabelecido, pela proposta, que o Poder Executivo deverá celebrar convênios apenas com entidades especializadas no atendimento às pessoas com TEA, em conformidade com a legislação vigente. 

A matéria é de autoria de Pier Petruzziello (PP) e foi relatada favoravelmente por João das 5 Irmãos (MDB) (005.00108.2023, com substitutivo geral 031.00014.2024). No parecer, o relator observou que o texto está em conformidade com os aspectos necessários para seu prosseguimento. “Não se prevê impacto financeiro ao município, mas quaisquer despesas potenciais foram devidamente identificadas. Assim, a relatoria reforça a recomendação pelo trâmite regimental da proposição”, disse. 

Antes de estar pronta para votação em plenário, a política pública ainda precisa passar pelas avaliações das comissões de Acessibilidade e Direitos da Pessoa com Deficiência; de Saúde e Bem Estar Social; e de Serviço Público. 

Economia pede impacto financeiro aos gabinetes parlamentares

Duas propostas de lei que estavam na pauta não avançaram na tramitação, porque o colegiado decidiu devolvê-las aos respectivos autores, para que sejam apresentados os impactos financeiros estimados. A primeira delas é a que autoriza a prestação de serviços e comércio temporário em eventos esportivos e de atividade física licenciados pelo Município de Curitiba (005.00016.2024), de Marcelo Fachinello (Pode) e Rodrigo Reis (PL). parecer pela devolução foi de Giorgia Prates – Mandata Preta (PT). 

O segundo projeto que será devolvido aos gabinetes é o que altera a norma do transporte de alunos com deficiência. Pela proposta, assinada por Marcos Vieira e Sidnei Toaldo (PRD), além das Escolas Especializadas municipais, estaduais e filantrópicas da capital, o serviço passaria a atender os alunos dos Centros de Atendimentos Educacionais Especializados (Caees), públicos ou privados (005.00155.2022, com substitutivo geral031.00033.2023). voto que pediu adequações ao texto foi apresentado por Jornalista Márcio Barros (PSD). 

Pelo Regimento Interno da Câmara de Curitiba, quando um projeto é devolvido por alguma comissão temática o autor possui prazo de até 120 dias para responder aos apontamentos feitos pelo colegiado, sob pena de arquivamento. 

Vistas seguram distribuição gratuita de fraldas e mais um projeto

Não foi nesta semana que o projeto de lei que assegura o fornecimento gratuito de fraldas para crianças matriculadas nos CMEIs de Curitiba foi votado na Comissão de Economia. Isto porque Bruno Pessuti (Pode) pediu vista à matéria. A iniciativa é do vereador Marcos Vieira (PDT) e seu objetivo é que o benefício seja destinado a crianças de até 3 anos incompletos e em situação de vulnerabilidade social (005.00133.2023, com substitutivo geral 031.00002.2024). O texto está sob a relatoria de Hernani (Republicanos). 

Outra matéria que teve a discussão de parecer adiada é a de autoria da Prefeitura de Curitiba, que pede autorização da CMC para alienar (mediante venda) um imóvel de 265 m² localizado no bairro Guabirotuba, pelo valor de R$ 320 mi, segundo a avaliação da Comissão de Avaliação de Imóveis (CAI) da Secretaria Municipal de Administração (005.00044.2024). Sem benfeitorias, a área pública é uma longa faixa perpendicular ao terreno de Joaquim Lourenço Cancela, que em 2018 manifestou interesse ao Executivo de adquirir o lote. O parecer de Serginho do Posto (PSD) não foi votado porque Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), pediu vista regimental. 

O prazo regimental das vistas é de quatro dias, então essas proposições podem reaparecer na pauta de votação da próxima reunião da Comissão de Economia na segunda semana de junho, visto que o colegiado se reúne quinzenalmente. É facultado aos vereadores que pedem vista regimental, se assim desejarem, protocolarem voto em separado, divergindo do relator designado. Em geral, o voto do relator está disponível para consulta pela internet no Sistema de Proposições Legislativas. 

O que faz a Comissão de Economia?

Este colegiado tem, entre outras funções, a de acompanhar a execução orçamentária do Poder Executivo. Além disso, analisa os aspectos econômicos e financeiros do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias e, privativamente, analisa o projeto do orçamento anual e a prestação de contas do Executivo e do Legislativo. São membros do grupo, Serginho do Posto (União),presidente; Indiara Barbosa (Novo), na vice-presidência; Bruno Pessuti (Pode), Giorgia Prates, Hernani, João da 5 Irmãos, Jornalista Márcio Barros, Osias Moraes (PRTB) e Professora Josete (PT).

Fonte: Câmara Municipal de Curitiba