Curitiba iniciou, nesta segunda-feira (27/5), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, aderindo ao movimento nacional do Ministério da Saúde. Até o dia 14 de junho, todas as crianças de 1 ano a 4 anos – mesmo as que estão com a carteira vacinal em dia – devem ser levadas às unidades de saúde para receber uma dose extra da vacina contra a poliomielite, a famosa “gotinha”, reforçando a proteção dos pequenos e ampliando a barreira contra a possível circulação do vírus.
Em Curitiba, o público-alvo estimado da campanha é de 90.012 crianças de 1 a menores de 5 anos. A vacina está disponível em 106 unidades de saúde – os horários de funcionamento e endereços podem ser conferidos no site Imuniza Já Curitiba.
“Vacinação é indiscutível: é uma forma de cuidar de todos. Estamos sempre com a carteira completa”, disse a psicóloga Taline Behling, de 37 anos, que levou a filha Ana Lis, de 4 anos, tomar outra vacina e acabou aproveitando a campanha para reforçar a imunização da pequena contra a pólio.
“Temos que vacinar sempre. É uma proteção não só para o seu filho, mas para toda a sociedade”, aconselhou a advogada Daiane Inglês de Camargo, de 35 anos, que aproveitou a campanha para imunizar a filha Gabriela, de 3 anos.
O advogado Fredmarco da Silva Batista, de 48 anos, não hesita ao falar da importância da vacinação. “Nós somos em seis irmãos e o mais velho teve paralisia infantil. A vacina é importante para você e para toda a sociedade”, avalia.
Batista e a esposa dele, a professora Maria Kaliane da Cunha Santos, de 33 anos, trouxeram o filho do casal, Henric Cunha Batista, de 2 anos, para tomar a gotinha. “Nós já iríamos trazer ele para tomar a tríplice viral e ficamos sabendo, hoje de manhã, do início da campanha, e já resolvemos aproveitar”, afirma.
Poliomielite
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus. A doença não tem tratamento específico e pode causar sequelas graves, como paralisia dos membros (em geral, das pernas), insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. A principal ferramenta para evitar a doença é a vacinação.
O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989. Em 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. Em 2023, no entanto, o Brasil foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas. Para essa classificação foram considerados o desempenho das coberturas vacinais do país, entre outros aspectos.
“Não podemos correr o risco de essa doença voltar a circular entre nós. Isso só será possível com o aumento da cobertura. A vacina é um ato de amor e de proteção, evita o risco de as nossas crianças sofrerem as sequelas graves que essa doença pode causar”, afirma a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
Em Curitiba, a cobertura da vacina inativada da poliomielite (VIP), indicada para menores de 1 ano, atualmente está em 88,2%. Já a cobertura da Vacina Oral Poliomielite (VOP), a famosa “gotinha”, está em 86,5% para primeiro reforço. A meta de cobertura indicada pelo Ministério da Saúde, tanto para a rotina, como para a campanha, é de 95%.
Esquema vacinal
As crianças menores de 1 ano de idade deverão ser vacinadas conforme a situação vacinal encontrada para o esquema primário, que prevê três doses da VIP.
Os pequenos de 1 a 4 anos, que já receberam as três doses da VIP, vão receber, até 14 de junho, uma dose extra da VOP (a “gotinha”), independentemente de já terem recebido reforços dessa vacina ou de terem participado de campanhas anteriores. Caso seja verificado a falta de alguma dose do esquema básico, as equipes de saúde vão fazer a atualização da carteira vacinal dos curitibinhas.
Fonte: Prefeitura de Curitiba
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