Passou da metade a complexa operação da segunda etapa de lançamento de vigas de concreto armado de grandes dimensões no Viaduto Tarumã, sobre a Avenida Victor Ferreira do Amaral - que passa por obra para ser duplicado. Nesta segunda-feira (27/5), a 9ª viga de um total de 16 peças foi içada a sete metros do chão. As peças foram acomodadas na base no lado esquerdo do viaduto, no vão sobre a via, no espaço compreendido entre o Mercado Muffato e a Concessionária Chevrolet CCV.

O prefeito Rafael Greca e o vice-prefeito Eduardo Pimentel acompanharam a movimentação, que exigiu o bloqueio total da via no trecho entre o Supermercado Mufatto e o Colégio Militar do Paraná, em ambos os sentidos (Centro e Pinhais).

O bloqueio é uma medida de segurança. As vigas longarinas têm de 30 a 43 metros de comprimento e pesam entre 85 e 110 toneladas, o equivalente a 110 carros populares.

Outras sete vigas ainda serão lançadas sobre o viaduto que só deve ser liberado à passagem dos motoristas na quarta-feira (29/5).

“São vigas que vão suportar para sempre esse viaduto duplicado, essa façanha do nosso governo, que vai tornar o Tarumã um marco da engenharia brasileira”, disse o prefeito Rafael Greca.

O prefeito destacou que as obras do complexo Tarumã – que além da duplicação do viaduto incluem a revitalização de 8km de vias que formam as alças de acesso, - integram o grande Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba.

“Programa que viabilizamos para permitir integrações de transporte coletivo inéditas, melhorando a qualidade do serviço e propiciado pelo plano de recuperação de Curitiba, que nos deu a condição de ter dinheiro para fazer essas obras e ainda deixar R$ 140 milhões em caixa para reserva de Curitiba contra catástrofes climáticas iguais as que ocorreram no Rio Grande do Sul”, completou Greca.

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A mudança no trânsito também alterou temporariamente linhas do transporte coletivo. A Urbanização de Curitiba (Urbs) colou em operação uma linha especial para atender os passageiros que serão afetados pelo bloqueio total de trânsito no trecho da intervenção.

Novo viaduto

Quando concluído, o viaduto dobrará de tamanho, passando dos atuais 24 metros de largura para 50 metros, assegurando oito pistas sendo seis vias marginais e de tráfego local em sentidos opostos, para acesso a moradias, indústrias, comércio e serviços na região e duas faixas de ônibus.

Eduardo Pimentel salientou que o viaduto está sendo alargado, dos dois lados, para receber dois conjuntos de estações-tubo (uma em cada sentido) na parte superior e outras duas na parte inferior. Na parte inferior do viaduto será instalada a Estação Victor do Amaral, permitindo a integração dos passageiros das linhas que percorrem a ligação entre Curitiba e Região Metropolitana, especialmente Pinhais e Piraquara, com o eixo Norte Sul, na Linha Verde.


“Em breve essa nova estrutura que está sendo formada vai receber um pequeno terminal que vai fazer a integração das linhas do transporte coletivo da Linha Verde com a Victor Ferreira do Amaral. É uma obra complexa que se junta a toda a revitalização da infraestrutura da região do Tarumã”, disse Eduardo Pimentel.

A segunda etapa de lançamento das vigas teve início na sexta-feira (24/5), no primeiro vão do viaduto, fora da avenida. O bloqueio do trânsito, inicialmente previsto para o início da manhã de sábado, foi feito no período da tarde porque a chuva forte alterou a programação dos serviços. O solo enxarcado ficou instável e exigiu mais tempo e atenção nos trabalhos.

De acordo com secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues, o volume de chuva no fim da semana, muito acima do que havia sido previsto pela meteorologia, modificou a previsão dos trabalhos. “Estamos trabalhando pra cumprir o cronograma, com a liberação à passagem dos motoristas na quarta-feira”, disse Rodrigues.

32 vigas

Para a expansão do viaduto 32 vigas longarinas serão necessárias. As primeiras 16 foram acomodadas no viaduto em fevereiro, no lado oposto, nas proximidades do Colégio Militar e da Superintendência Regional do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Estado do Paraná. As 32 peças foram construídas, concretadas e pré-tensionadas dentro do canteiro de obras, instalado sob o viaduto. O secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues, destacou a importância da etapa para a intervenção, considerando os fatores logísticos.

“Desde a preparação das peças até o processo para depositá-las na base foi desafiador. A força de trabalho empenhada equivale à construção de um novo viaduto na cidade, visto que estamos erguendo, em cada lado, estruturas com pouco mais de 12 metros, que estão sendo construídas do zero e serão incorporadas à estrutura existente, resultando em um viaduto totalmente requalificado”, diz Rodrigues, que acompanhou a vistoria do prefeito no canteiro de obra nesta segunda-feira.

Quando as vigas estiverem posicionadas na base do viaduto, o passo seguinte será a execução das vigas transversinas, que ficarão transversais às vigas longarinas e espaçadas a cada 10 metros. Depois será a vez da execução da pré-laje e, por fim, da laje.

A Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) coordena e fiscaliza os trabalhos. O projeto foi contratado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

Fonte: Prefeitura de Curitiba